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O PASSADO BATE EM MINHA PORTA

  • Foto do escritor: Erick Contos Gays
    Erick Contos Gays
  • 26 de ago. de 2024
  • 7 min de leitura

Atualizado: 30 de jan.


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Era quinta-feira, eu tinha acabado de chegar do trabalho e tomado um banho relaxante, tava chateado por ter recebido a notícia de que Matheus não conseguiria passar o final de semana do dias dos pais comigo, por causa do estágio da faculdade e trabalhos.


Ainda pensei que ele tivesse me evitando por causa do nosso último encontro há um ano, quando me apresentou Mathias, sem saber que era seu pai biológico como “namorado”, depois descobriu de uma maneira não tão bacana, no final, tudo acabou bem entre nós três, pelo menos eu acho que sim.


A campainha tocou, faltavam 15 minutos para 00h, fiquei apreensivo, pois não esperava ninguém àquela hora da noite. Era estranho, o porteiro não me avisou da chegada e subida de alguém, apressei os passos e fui atender a porta, assim que abri, Luigi estava parado no corredor, ao seu lado um jovem rapaz que me pareceu familiar de princípio, mas não falei nada. Luigi me abraçou firme, sem que eu falasse nada, entrou em minha casa com o jovem rapaz, como bom italiano, ele não parava de falar, enquanto eu fechava a porta.


─ Mi dispiace venire a casa tua senza dirtelo a quest'ora della notte, ma questo è un caso serio e apprezzerei davvero il tuo aiuto, se puoi, ovviamente.(Desculpa vir aqui em sua casa sem te avisar a essa hora da noite, mas é um caso sério e gostaria muito de sua ajuda, se você puder é claro.)


Ergui a sobrancelha direita, cruzei os braços e sentei no sofá, oferecendo-lhes o que estava a minha frente. Luigi sentou-se e o jovem fez o mesmo ao seu lado direito, colocando a mochila que estava nas costas e a mala uma do lado da outra, no chão. Antes que eu falasse algo, Luigi despejou o motivo da sua visita a minha casa aquela hora da noite sem me avisar, ainda mais trazendo um jovem com ele.


─ So che sono passati molti anni dall'ultima volta che hai avuto contatti con mio cugino Raul, soprattutto dopo il mio soggiorno a casa sua, dove ci siamo incontrati e abbiamo vissuto quel meraviglioso momento di piacere. (Sei que faz muitos anos que você não tem contato com meu primo Raul, principalmente depois da minha estadia na casa dele, onde nos conhecemos e tivemos aquele momento maravilhoso de prazer.)


Ouvi-lo relembrar aquele momento de prazer entre nós dois no passado, fez meu pau começar a endurecer e melar minha perna esquerda, por sorte estava de toalha, e sentado.


─ Ricordo bene che all'epoca mi dicesti che prima di conoscermi e di metterti con Bruno, eri con le donne. (Lembro bem que você me falou na época que antes de me conhecer e ter o envolvimento com Bruno, você se envolveu com mulheres.)


Luigi revira os olhos ao mencionar do meu passado com mulheres, sorrio com as lembranças com Karen, a enfermeira com quem me envolvi, quando quebrei a perna jogando vôlei e que cuidou de mim muito bem, e Barbara, a frentista que o filho da puta do Raul tirou de mim, quando viajei pra cá em meu aniversário de 18 anos, e conheci o Bruno surfista.


Ele não parava de falar, sem me dar oportunidade de dizer alguma coisa, cada coisa que ele dizia, trazia recordações do meu passado que fazia anos que eu não mexia, aquilo foi me dando um tesão do caralho, mesmo não tendo mais nenhum interesse por mulheres, meu pau tava tão duro que doía, engoli em seco, respirei fundo tentando não transparecer o meu desconforto por estar excitado em minha casa, na frente de um jovem que eu não conhecia.


─ So che devi sapere che mio cugino Raul ha sposato questa Barbara.(Sei que você deve saber que meu primo Raul se casou com a tal Barbara.)


Dessa vez quem revirou os olhos fui eu, alguns meses depois do ocorrido com Luigi, vim embora pra cidade onde moro atualmente. Cheguei a ficar sabendo do casamento às pressas, de Raul com Barbara, pois ela havia engravidado.


Balancei a cabeça confirmando o que ele dizia, lembrando que ainda recebi o convite do casamento deles. Lembro que na época não fiz questão de ir, estava cheio de coisas da faculdade, sem contar que fazia pouco tempo que Paula, mãe de Matheus, e eu dividíamos o apartamento.


Para finalizar as recordações, Luigi soltou a bomba que eu não esperava, na verdade não foi somente uma, foi um tremendo bombardeio de informações de um passado que eu fiz questão de esquecer, e que agora voltava à tona, anos depois.


─ Ho saputo da Maria Luzia, mia sorella, qualche mese fa, che Barbara è morta di cancro e nel periodo in cui ha scoperto la malattia e si stava curando, Raul l'ha tradita, ed è stato anche il periodo in cui Gael è uscito dall'armadio, lasciando il padre era estremamente furioso, e ha espulso suo figlio solo ora con la sua morte, cioè, alla mia cara mancano solo pochi giorni prima di partire, ed è stato Gael a contattare Maria Luzia e chiedermi il mio indirizzo.(Fiquei sabendo por Maria Luzia, minha irmã, tem alguns meses, que a Barbara faleceu por um câncer e no período que ela descobriu a doença e estava fazendo o tratamento, Raul a traía, e foi também o período que Gael saiu do armário, deixando o pai extremamente furioso, e só expulsou o filho agora com o falecimento dela, ou seja, meu querido tem poucos dias da partida dela, e foi Gael que entrou em contato com Maria Luzia e pediu meu endereço.)


Era muita informação que eu recebia naquele momento, meus olhos encheram de lágrimas por saber que Barbara sofreu nas mãos do Raul, e o filho não teve a bênção de ter um bom pai, e que agora estava sem o apoio de ninguém.


─ Gael è venuto qui nella capitale solo perché mio cugino, il signor Osmar, il padre di Raul, non lo ha accettato a causa della sua sessualità. Con la morte di Raúl e della madre di Barbara, è arrivata l'espulsione immediata, l'unico posto su cui poteva contare sarei stato io, nonostante la lontananza, sono l'unico parente stretto, ma sai che ho una vita molto movimentata, mio l'appartamento è a malapena Dipende da me, ho pensato che potresti accoglierlo qui a casa tua, e lo aiuterò con tutto ciò di cui ha bisogno. (Gael só veio embora aqui pra capital, porque meu primo, Sr. Osmar, o pai de Raul, não o aceitaram devido sua sexualidade. Com o falecimento da mãe de Raul e da Barbara, veio a expulsão imediata, o único lugar que ele poderia contar seria comigo, mesmo com a distância, sou o único parente próximo, porém você sabe como tenho uma vida muito corrida, meu apartamento mal me cabe, pensei que você poderia acolhê-lo aqui em sua casa, e eu o ajudarei no que for preciso.)


Fiquei entre a cruz e a espada, logo eu ter que ficar com a responsabilidade de acolher um jovem que é fruto de uma união que, se não fosse às voltas que a vida dá, ele poderia ser meu filho! Era muita informação para digerir. Levantei tonto do sofá, Luigi também levantou-se e veio até mim, me abraçando forte, e pediu baixo em meu ouvido:


─ Per favore, resta con lui, so che lo accoglierai come hai accolto Matheus, e io sarò sempre lì per darti pieno supporto. (Por favor, fica com ele, sei que você irá acolhê-lo como acolheu Matheus, e eu estarei sempre por perto para te dar total apoio.)


Como negar algo pra Luigi? Respirei profundamente, eu sentia que ele também estava ficando excitado por estar sentindo o meu calor e minha ereção. Nos afastamos, olhei pra Gael, que me olhava tenso. Olhando-o bem, ele tinha traços de Barbara e do salafrário do Raul, que filho da puta! 


Apenas confirmei com a cabeça, dando sinal de positivo. Eu estava em choque, sem palavras para ser dita. Um trovão rugiu no céu e, pela janela da varanda, vimos os raios que anunciava a chuva que viria a qualquer momento. Luigi se despediu de nós e foi embora dizendo que no dia seguinte entraria em contato conosco,


Olhei pra Gael com ternura, ele era um jovem muito bonito, olhos verdes como os de Barbara, os cabelos loiros como os dela e a cor e atributos físicos de Raul, aquele maldito filho da mãe. Quebrei o silêncio entre mim e Gael, quando perguntei se ele precisava de alguma coisa e, enfim, ouvi sua voz, tinha um timbre suave e grave.


 ─ Então você é o Gael?


─ É isso aí, não sei por que Luigi conversou com você em italiano, sendo que compreendi tudo o que ele falou, afinal meu avô é italiano e aprendi quando criança.


Sorri com o que ele falou, pois era verdade, não tinha motivo pra Luigi conversar comigo em seu idioma de origem, se faz anos que ele mora aqui no Brasil.


Estávamos no corredor entre meu quarto, o escritório, o quarto de Matheus e o de hospedes. Apresentei o quarto de hospedes a ele, e perguntei se tinha toalha para se secar após o banho, ele confirmou que sim, falei pra ele se sentir em casa e ficar à vontade, já que seria sua nova morada por enquanto. Gael me olhava com ternura, de repente aconteceu o inesperado, ele me abraçou firme e falou em meu ouvido direito com a voz embargada pela emoção:


─ Obrigado por me receber em sua casa, assim de supetão, sem nem me conhecer. Serei eternamente grato por tudo que você tá fazendo por mim, sei que não tem nenhuma obrigação em me ter em sua casa, e em sua vida.


Ele falava ao pé do meu ouvido, eu sentia o calor de seu hálito, sua respiração de encontro com a minha que foi ficando tão pesada quanto a dele. Meu pau voltou a ficar duro, e sei que ele percebeu. Nos afastamos por um momento, olhei pra Gael e falei, sem me preocupar em esconder a minha excitação:


─ Fica tranquilo Gael, mesmo sem nos conhecermos ainda, tenho certeza que nos daremos bem. Querendo ou não, sua história faz parte do meu passado, te recebo da mesma forma que recebi Matheus, meu filho adotivo.


Após eu falar isso, Gael voltou a me abraçar e senti também sua ereção de encontro a minha, na toalha. Voltamos a nos afastar, ele abriu a porta do quarto e entrou, fechando em seguida. Fiz o mesmo, entrando em meu quarto.


Deitado na cama, totalmente nu, não conseguia entender o motivo do meu pau ainda estar duro. Para amenizar o tesão resolvi bater uma punheta, as lembranças do passado, tanto com Karen e Barbara, quanto com Bruno, Luigi e Luiz Carlos, fizeram com que eu atingisse rapidamente o orgasmo e gozasse em abundância sobre meu abdômen, sem me importar de estar melado, aproveitei a sonolência do pós-gozo e dormi.


Continua...


Esta é uma obra de ficção baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade.


# Direitos autorais reservados. Proibidas sua reprodução, total ou parcial, bem como sua cessão a terceiros, exceto com autorização formal do autor. Artigo 49 da Lei nº 5.988 de 14 de Dezembro de 1973#


®Erick Contos Gays™

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