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O LOBISOMEM - O NOVATO

  • Foto do escritor: Erick Contos Gays
    Erick Contos Gays
  • 27 de out. de 2020
  • 5 min de leitura

Atualizado: 3 de ago. de 2024


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TERÇA - FEIRA,


27 OUTUBRO


No dia seguinte mais uma vítima havia sido atacada pelo o suposto “lobisomem”.


Por coincidência era outro homem, desta vez ele não quis se identificar por ainda está muito abalado com tudo o que acontecera com ele.


O pior desse ataque é que não foi como o da noite anterior, foi violentado sexualmente, o monstro atacou o homem que teve apenas a sua idade revelada, tinha por volta de seus 30 anos.


A notícia pela cidade já havia se espalhado e por incrível que pareça estava causando um grande temor entre os homens até mesmo os mais valentões.


Afinal qual homem Hétero ou Gay ia querer ser violentado sexualmente, principalmente por uma besta feroz?


A lua cheia iluminava todo o céu negro hipnotizando os seus amantes, assim como eu sou.


​Eu tinha acabado de chegar à faculdade e não sei por que um mal estar no estômago tomou conta de mim.


De repente o tempo ficou mais gélido e uma forte ventania soprava as palmeiras na entrada do centro universitário.


O professor chegou e todos nós que estavam o esperando fomos para a sala de aula.


No meio da aula a coordenadora do curso chegou com um rapaz de olhos azuis e cabelos negros feito o ébano de um corte bem estiloso, seu rosto em formato quadricular era desenhado por costeletas largas que se uniam a barba crescendo ainda rala.


Ele vestia uma camiseta branca com mangas bem apertadas que marcavam os seus bíceps.


​Assim que ela o apresentou chamando-o de Ralph.


Vindo em minha direção e chegando bem próximo a mim, nos entreolhamos e quando ele sentou-se atrás de mim um calafrio tomou conta do meu corpo me fazendo arrepiar.


A coordenadora foi embora e a aula foi retomada, o professor deu como trabalho para a semana seguinte as fases da lua e suas lendas, o trabalho era de dupla.


O professor fez um sorteio e eu acabei ficando com o aluno novato, ao ouvir o nome do Ralph, uma sensação estranha subiu pelas minhas costas e se alojou em minha nuca.


Olhei pra ele que já me encarava.


Sua voz grave e calma chegou ao meu ouvido de um jeito que me deixou aturdido.


​— Onde você prefere que seja feito o trabalho, na sua ou na minha casa?


Para tentar disfarçar a minha tensão respondi gaguejando.


— Pode, pode ser... Na sua casa.


Trocamos contato e cada um seguiu em frente, já que a aula tinha terminado.


​Aquele assunto sobre luas cheias e lobisomens tinha mexido comigo e despertado a curiosidade em pesquisar mais sobre o assunto.


Era inacreditável a existência de um ser mitológico e folclórico parecer ser tão atual como outras lendas urbanas como a mula sem cabeça, ou a loira do banheiro.


Fui andando em direção ao estacionamento para pegar a moto, quando ouvi alguém me chamar, ao olhar para trás vi Ralph o novato vindo às pressas para me encontrar.


Parei de andar e fiquei esperando ele me acompanhar quase sem fôlego e chegando perto de mim ele falou:


​— Desculpa o incômodo, mas eu gostaria de fazer uma sugestão ao trabalho que a gente tem que fazer, claro que se você me permitir.


Olhei para ele e a má impressão que tive com a sua chegada a sala de aula e também pelo jeito que ele me encarou passou afinal ele estava se mostrando bem interessado em fazer o trabalho do que os outros.


​Ele continuava a falar.


— Você gostaria de saber qual é a minha sugestão?


Sorri e falei pra ele que sim e Ralph começou a falar novamente.


— Acho que tem tudo a ver falar sobre lobisomem, eu vi hoje cedo no noticiário uma reportagem falando sobre essa lenda, o que você me diz?


​Nós começamos a caminhar, eu estava indo em direção a minha moto e falei pra ele.


— Ótima ideia.


Nos despedimos, ele foi embora a pé, enquanto eu ligava a moto para poder sair.


​A lua saiu por trás das nuvens que a cobria, e em um beco escuro veio à transformação.


Assim que a luz da lua tocou a sombra de Ralph a sua verdadeira imagem apareceu nas sombras e enquanto ele corria para tentar fugir daquela dor, angústia e sofrimento, ele não conseguiu mais resistir à transformação e jogou-se no chão deixando a fera que existe nele libertar-se.


​Parei no sinal vermelho sozinho e de longe ouvi um uivo, uma ventania, e a sensação de medo me consumiu, mesmo ainda com o sinal fechado para mim arranquei a toda na moto, a lua linda e grande iluminava aquela noite e enquanto eu cortava caminho pelas ruas desertas, quando ouvi de longe um uivo, e um calor tomou conta do meu corpo, as minhas pernas começaram a tremer antes mesmo que o sinal ficasse verde, dei a partida e sai a toda.


​Passei por outros sinais vermelhos em alta velocidade e aquele medo tomava conta de mim quando de repente vi a minha frente o monstro vindo em minha direção em cima de mim.


Caindo da moto ficando preso por baixo do veículo, a fera veio ofegante, babando sobre meu rosto me deixando melado daquela gosma, eu nunca mais irei esquecer esse ocorrido.


Ele farejou-me e jogando a minha moto para longe ficou me observando, os olhos vermelhos como fogo brilhavam ainda mais sobre a rua escura que era iluminada apenas pela lua.


Tentei me levantar do chão para tentar fugir, mas as minhas pernas estavam enfraquecidas pelo medo. Por incrível que pareça ele não fez nada comigo.


E foi embora.


Ainda em transe consegui me levantar e pegar a moto do outro lado da rua e ligando a moto fui para casa o mais depressa possível. Já em casa, depois de ter tomado um banho e um tranquilizante.


Sentei na cama e fiquei com aquela lembrança na cabeça e pensando o porquê de não ter sido atacado brutalmente por ele.


De tanto pensar no ocorrido acabei adormecendo.


Pesadelo


“Eu estava parado no sinal vermelho, de repente surgia a minha frente o lobisomem e me derrubava de cima da moto e rasgava a minha roupa, aproveitava-se dessa situação para abusar de mim. Seu falo imenso de uma cabeça roxa invadia o meu cu tirando sangue e me fazendo gritar de dor e desespero por estar sendo violentado, eu começava a perder as forças dos braços e das pernas por tentar lutar contra a fera, eu olhava no fundo daqueles olhos vermelhos e via quem era aquele ser. Ele me reconhecia e chegava ao orgasmo, me soltava saindo correndo pelas ruas uivando. Um uivo de dor misturando-se com um grunhido de choro.


Continua...


Esta é uma obra de ficção baseada na livre criação artística com compromisso com a realidade.


#Direitos autorais reservados. Proibidas sua reprodução, total ou parcial, bem como sua cessão a terceiros, exceto com autorização formal do autor. Lei 5988 de 1973#


®Erick Clark Oficial™



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