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O LOBISOMEM - DIA DE HALLOWEEN

  • Foto do escritor: Erick Contos Gays
    Erick Contos Gays
  • 31 de out. de 2020
  • 6 min de leitura

Atualizado: 3 de ago. de 2024


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BLUE MOON


SÁBADO, 31 OUTUBRO.


ÀS 03H40


Não sabia ao certo que hora era provavelmente seria madrugada.


Pela cratera a cima da minha cabeça eu conseguia ver a lua cheia distante e as nuvens começavam a escondê-la.


Virei o rosto à procura de alguma coisa para eu identificar onde estava.


Eu só conseguia ver teias de aranha e galhos e folhas secas de árvores.


De repente começo a sentir algo percorrer o peito do meu pé esquerdo, era pontudo, em seguida o direito e vem subindo pouco a pouco até chegar às minhas coxas que se retraem e meu pau começa a endurecer.


Identifico como garras uma mistura de calor e frio toma conta do meu corpo começo a ficar com muito medo.


Sinto aproximando-se de mim e solta a minha perna direita e em seguida a esquerda, meu pau está babando em abundância e eu estou ofegante, não sei se estou com medo ou tesão.


Mexo um pouco o rosto e levantando o pescoço o vejo, o outro lobisomem está a me observar.


Tento soltar meus braços, mas devido aos movimentos fica ainda mais apertada machucando ainda mais os meus pulsos.


Ele está ofegante e vem em direção das minhas pernas, o calor e os pelos do corpo me deixam tenso fico ainda mais nervoso, sinto o focinho respingando algo melado.


Ele vem me cheirando, grito pedindo ajuda sabendo que é em vão ouço um rosnado que ecoa por todas as paredes da caverna e ele uiva para o alto, para o céu escuro de poucas estrelas.


Olho para cima e vejo as nuvens passando lentamente pelo enorme buraco.


Eu grito novamente só que dessa vez chamo pelo Ralph.


Forço tanto que fico sem ar, perco as minhas forças a vista escurece e não sei se eu desmaio ou se fico apenas cego devido à força que fiz para gritar.


Sei que algo está acontecendo.


​O par de patas aperta minhas coxas e elevam as minhas pernas para o alto e sinto encostar-se em uma camada espessa de pelos.


Ele força as minhas entranhas e eu grito e imploro para que não faça nenhum mal a mim, mas é em vão.


Continua forçando me rasgando, minhas pernas tremem e algo escorre em abundância, a besta uiva e vai metendo em mim me fazendo chorar e gritar, esperneio, ele aperta o meu pescoço com suas patas enormes cravando as garras me ferindo.


​04h00


​Ainda sem ver, ouço um estrondo e rapidamente ele sai de dentro de mim fico sentindo algo escorrer por entre minhas pernas.


Ouço urros e uivos e identifico que estão lutando, começo a orar e pedir para ser solto e fecho os olhos.


Enquanto estou orando abro, os olhos e começo a ver os dois lutando ferozmente.


O lobisomem de olhos amarelos eu sei que é o Ralph, de olhos vermelhos não tenho certeza mesmo se é o Daniel ou não.


Ralph pula em cima dele e morde o pescoço fazendo-o sangrar e uivar, o outro licantropo chuta o tórax do Ralph que cai perto dos meus pés, vejo a minha calça jogada num montante de folhas secas, estão sujas de barro, lodo, areia e sangue, algo brilha pendurado no passador da minha calça, eu grito porque sei que é a corrente de metal do canivete de prata.


Grito para que Ralph jogue a calça para mim e assim ele faz.


Eles voltam a lutar um esmurrando o outro, eles uivam a fera do mau agora estava por cima do Ralph, os dois rolavam em uma batalha feroz.


Enquanto eu tentava soltar meus punhos a essa altura estavam feridos, minha vista turva devido ao suor que se misturava as lágrimas, novamente Ralph o joga para longe que bate contra a parede da caverna e cai desfalecido, ele aproveita que o licantropo mau está desmaiado e ajuda-me a se soltar, ele usa suas garras para me desprender.


​04h55


​Eu estava terminando de me vestir quando ouço um rugido vindo de onde o lobisomem do mal estava adormecido.


Ralph começava a voltar a sua forma humana, de repente algo vem para cima de mim e sem pensar tiro do bolso da calça o canivete de prata e cravo bem no coração dele e no abdômen.


O monstro que cai se esperneando entre as folhas secas, o corpo imenso vai diminuindo e ficando em posição fetal até voltar à altura de uma pessoa normal.


Ralph vem ao meu encontro ainda nu e me abraça.


Sinto o calor do corpo dele me aquecer, eu enfio minha cabeça contra o peito do Ralph, nesse momento eu só quero ficar em seus braços.


Nos separando por alguns instantes e quando nos aproximamos do corpo desfalecido vejo o rosto do Daniel, seus olhos abertos, porém sem vida.


Ralph me abraça novamente e a gente se beija.


​05h15


​O céu agora começava a clarear e a lua cheia agora estava pequenina em sua órbita, ela ia sumindo de acordo com a mudança das cores no céu fazendo o sol nascer no horizonte. Ralph e eu estávamos sentados debaixo da imensa árvore antiga de castanhola.


Eu estava me sentindo fortalecido devido à energia dele sobre o meu corpo que se encontrava aninhado em seu colo, decidi que seria melhor irmos embora antes que começassem a aparecer pessoas nas ruas e visse ele nu.


Montamos na minha moto e ele foi comigo para minha casa.


Depois que tomamos banho juntos, eu emprestei uma bermuda minha para ele e ficamos fomos terminar nosso trabalho que tínhamos que entregar na semana seguinte depois do feriado do dia 02 de novembro.


Começamos a planejar o que vestir para a festa de Halloween que teria na faculdade a noite.

​20h15


​Horas mais tarde...


​Diante do espelho do meu banheiro, Ralph olhava a sua aparência de lobisomem transformado, enquanto eu terminava de por as lentes de contatos de vampiro.


Ele sorriu para mim e me abraçando forte disse ao pé do meu ouvido.


— Eu poderia resolver esse problema seu rapidinho era só você dizer que sim.


Engoli em seco pela proposta e me virei para ele procurando sua boca para beijá-lo.


Sua fantasia de lobisomem não era tão assustadora quanto a sua real forma, mas pelo menos ele conseguia conter a fera que estava dentro dele.


Nos abraçamos ainda mais forte, senti sua ereção crescendo dentro da bermuda rasgada, ele sorriu e perguntou se eu não queria brincar mais um pouquinho antes de irmos.


Baixei a bermuda para baixo fazendo seu pau saltar para fora, estava duro, pulsante, quente e melado.


Agachei no meio das pernas dele segurando-me sem suas coxas e comecei a chupar lentamente seu pau fazendo-o gemer.


Rapidamente ele me fez ficar em pé e me virando contra o braço do sofá me inclinou e cuspindo na entrada do meu cuzinho que já pulsava na ânsia de ser penetrado, ele me fodeu ali, lento e torturante, me virou de frente e me pôs em seus braços me fazendo subir e descer e assim gozamos os dois ao mesmo tempo.

21h40


Recompomo-nos e fomos para a festa da faculdade.


Chegamos a meio todo aquele barulho de música eletrônica e luzes de neon e negra que dava um ar sombrio a fachada de uma mansão mal assombrada que montaram na entrada do prédio da faculdade.


Encontramos o pessoal da nossa sala e nos juntamos a eles, todos nós se divertindo.


Ralph falou para mim que ia ao banheiro e perguntou se eu gostaria de acompanhá-lo, olhei para ele vendo o que ele tinha em mente e disse que ele fosse primeiro que em seguida eu o encontraria lá.


​21h55


Enquanto Ralph ia para o banheiro, comecei a sentir uma dor no estômago, um mal-estar sai em busca de algo para beber, mas no meio do caminho tenho um pressentimento, quando chego ao banheiro escuro ouço o barulho de uma luta, urros e uivos tomam conta do local, para não assustar as pessoas eu fecho a porta.


​Vou andando lentamente e encontro Ralph caído no chão todo ensanguentado com as mãos fixadas no peito tentando conter o sangue que jorra em abundância, eu olho para a cima da cabeça dele e vejo a janela quebrada, vidros estilhaçados ao redor.


Pego nas mãos dele e o mesmo diz que foi o Daniel que o atingiu com uma estaca de envenenada com pó de acônito.


Tentei tirar, mas ele me impediu dizendo que não iria adiantar muita coisa que suas forças estavam no fim, vi seus olhos encherem de lágrimas e antes que eu pedisse ajuda, ele ficou sem vida em meus braços.


Fiquei balançando o corpo dele em meu colo para frente e para trás até adormecer.


INÍCIO DA LUA CHEIA


SEGUNDA - FEIRA, 26 OUTUBRO


Acordei assustado com Daniel me sacudindo e chamando, perguntando se estava tudo bem comigo.


— Erick o que foi contigo? Parece que estava dormindo.


Sorri e fui contar para ele o que eu havia sonhado, rimos muito enquanto tomávamos cappuccino e croissant.


Esta é uma obra de ficção baseada na livre criação artística com compromisso com a realidade.


#Direitos autorais reservados. Proibidas sua reprodução, total ou parcial, bem como sua cessão a terceiros, exceto com autorização formal do autor. Lei 5988 de 1973#


®Erick Clark Oficial™

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